Aprender com o fracasso  para chegar ao sucesso

Empreendedorismo

Aprender com o fracasso para chegar ao sucesso

Evento da CDL Lajeado apresenta cases para inspirar o empreendedorismo jovem

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Aprender com o fracasso  para chegar ao sucesso

O Teatro da Univates recebeu na noite de quinta-feira, 9, o 7º Encontro Estadual de Jovens Empresários. Promovido pelo núcleo Jovem da CDL Lajeado, encontro reuniu cerca de 600 pessoas e abordou cases de sucesso – e de fracasso – no mundo dos negócios
Reitor da Univates, Ney Lazzari destacou a iniciativa a CDL Jovem e falou sobre o potencial empreendedor de Lajeado a partir do Pro_Move, que une o poder público, o poder privado e a academia para incentivar a inovação e o empreendedorismo.
Lazzari convocou os jovens a apresentarem ideias inovadoras para o edital do Pro_Move, que prevê a alocação de recursos para dois projetos. “Esse edital está pronto. Venham com suas propostas para que criemos esse clima de empreendedorismo.”
Primeiro palestrante da noite, o presidente da Rola Moça, Alexandre Dullius falou sobre a história da empresa fundada por ele e a esposa Lia em 1996 na cidade de Estrela. Conforme Dullius, a Rola Moça surge da necessidade de garantir uma renda para a família durante o ano todo. “Viemos do nada e erramos muito. A Rola Moça é um acerto que resultou nos erros que cometemos antes dela.”
A empresa trabalhou com moda casual até 2001, quando decidiu apostar nas calças de suplex. Hoje, a Rola Moça exporta para mais de 20 países e tem uma fábrica modelo, com 9 mil metros quadrados construídos, instalado às margens da BR 386, em Estrela.

Reitor Ney Lazzari convocou alunos a criarem projetos de inovação

Reitor Ney Lazzari convocou alunos a criarem projetos de inovação

Fracasso como aprendizagem

Sócio do site vakinha.com.br, Flávio Steffens de Castro contou a sua história no empreendedorismo, iniciado com um grande fracasso. Em 2011 ele deixou o emprego em uma empresa de TI para abrir uma startup de criação de sites para o ramo imobiliário. Segundo ele, a intenção era ter uma empresa inspirada em ambientes de inovação, e aproveitar o momento em que existia um boom imobiliário, mas as imobiliárias ainda não estavam no ambiente digital.
Após passar um ano desenvolvendo a ferramenta, investir R$ 50 mil e oferecer uma proposta teoricamente perfeita, a empreitada deu errado. Seis meses após o lançamento da plataforma, não obteve nenhum cliente.
“Eu tinha o produto perfeito, com mercado bombando e estava absolutamente motivado. Mas, o Everest está cheio de corpos de pessoas motivadas”, alerta. Apesar de imaginar um cenário perfeito, Castro elencou cinco erros cometidos, e que só foram percebidos posteriormente.
O primeiro deles foi planejar demais e não agir. “Foram 365 dias desenvolvendo sem testar o mercado. Nunca perguntei o que o meu cliente queria”, aponta. O segundo foi se apaixonar pela ideia, a ponto de não aceitar feedbacks negativos.
O terceiro problema foi apostar todas as fichas em uma única estratégia, sem “plano B”. Outra questão grave foi o desconhecimento do mercado, no caso, o imobiliário. “Não sabia se os clientes queriam o produto e nunca perguntei para nenhum corretor a opinião. Meu propósito era ganhar dinheiro somente.”
O quinto ponto destacado é que as percepções são diferentes da realidade. “Pessoas são complexas e não consideramos isso.
Pensamos que todo mundo vai se abraçar em você e entender o propósito”, ressalta. Segundo ele, os empreendedores, via de regra, começam a desenvolver um negócio pensando na solução para depois avaliar se existe um problema.
“Deveríamos pensar no problema e depois desenvolver várias soluções, e não o contrário”, destaca. Diante desse fracasso absoluto, surgiu o negócio que se transformaria em sucesso. Um dos funcionários de Castro chegou desanimado na empresa por ter visto uma cena de abandono de cachorro.
“Naquele dia, decidi criar alguma coisa para ajudar a causa animal. Em outubro de 2012 lançamos o Bicharia, projeto para financiamento coletivo de Ongs”, lembra. Foram apenas 15 dias de planejamento antes de colocar o primeiro protótipo no ar, e 45 dias entre a ideia e o lançamento da plataforma. Em um mês, o Bicharia começou a dar lucro.
“O fracasso mudou minha vida. Graças ao bicharia conseguimos fazer uma parceria com o Vakinha, do qual me tornei sócio”, aponta. Para ele, as pessoas precisam aceitar seus fracassos e aprender com eles, caso contrário não conseguirão inovar e vencer.
Para finalizar, o digital influencer Alex Kemmerich relatou a construção e consolidação do perfil no Instagram @gordofitness.
O Lajeadense criou o perfil para se policiar e conseguir emagrecer e se tornou sucesso. Hoje, acumula mais de 80 mil seguidores e é contratado por marcas para divulgar produtos e serviços.

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