Estado quita repasses. Serviços são normalizados

Hospitais filantrópicos

Estado quita repasses. Serviços são normalizados

Federação das Santas Casas e instituições filantrópicas confirmam recebimentos estaduais em dia desde março. Dívida na área da saúde vinha desde 2014 e alcançava R$ 1 bilhão

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Estado quita repasses. Serviços são normalizados

Os repasses em dia do governo do Estado às instituições de saúde regularizam o fluxo de caixa dos hospitais, garante a possibilidade de honrar os compromissos com quadro funcional e fornecedores. É o que afirma a Federação das Santas Casas e instituições filantrópicas do RS.
Desde março, as casas de saúde voltaram a atuar com os recebíveis em dia. De acordo com o ente representativo das instituições, não há valores pendentes. Desde 2014, a dívida do Executivo estadual com a área de saúde somava R$ 1 bilhão.
Nesse total, constam verbas para serviços dos municípios e também repasses aos hospitais. O primeiro segue em negociação com os prefeitos. Às instituições de saúde, o débito acumulava R$ 260 milhões. Esse montante se refere a programas que dependem de incentivo estadual, tais como, custeio de UTI neonatal, Samu, e captação de tecidos e órgãos para transplantes.
De acordo com o presidente da federação e diretor do Hospital Ouro Branco de Teutônia, André Lagemann, a expectativa a partir de agora é que o Estado consiga manter a regularidade nos pagamentos.
Frente à crise financeira do RS, a forma encontrada para equalizar os repasses foi pelo Fundo de Apoio Financeiro e de Recuperação dos Hospitais Privados sem Fins Lucrativos (Funafir), um processo implementado pelo governo anterior, usado em 2015 e 2017. A regra autoriza as instituições de saúde a buscar empréstimos via Banrisul. O Estado assume as parcelas e o pagamento dos juros.

Busca por reajuste

Quanto às verbas federais, a federação conversa com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e com parlamentares gaúchos para aumentar os repasses vindos de Brasília. O tema foi debatido em reunião na semana passada.
Pelos cálculos da instituição gaúcha, a federação precisa ampliar os repasses em, no mínimo, R$ 16 milhões. Conforme o presidente da federação, André Lagemann, esses recursos referem-se a serviços contratados pela Secretaria Estadual da Saúde junto a hospitais, mas que ainda não foram habilitados pelo Ministério da Saúde. “Sem isso, o custeio desses serviços hospitalares são pagos pelo Estado. Nosso pedido é por uma atualização desse teto, fazendo com que tenhamos essa habilitação e que, assim, o recurso venha do governo federal”, diz. “Isso, não só aliviaria um gasto para o Governo do Estado, como também daria ao gestor dos hospitais uma maior tranquilidade no equilíbrio das contas”, complementa.
O Rio Grande do Sul conta hoje com 269 Santas Casas e hospitais filantrópicos, responsáveis por mais de 70% dos atendimentos SUS no Estado.
 

FILIPE FALEIRO – filipe@jornalahora.inf.br

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