Falta de água persiste e moradores cobram soluções

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Falta de água persiste e moradores cobram soluções

Casal convive com o desabastecimento e precisa racionar água para dar banho na filha recém nascida. Governo volta a falar em perfuração de novo poço

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Falta de água persiste e moradores cobram soluções
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Uma cena se tornou rotina nas últimas semanas para moradores do bairro Centenário. Perto do fim da tarde, ao abrirem as torneiras, se deparam com a falta de água. O problema, que é antigo no local, se agrava em períodos de calor intenso, como o dos últimos dias.

Tomar um banho refrescante no fim da tarde se tornou um privilégio. Mesmo para quem reside em frente aos reservatórios de água instalados pelo governo municipal, na rua Frederico Arnoldo Weber. O corretor de imóveis Gustavo Feit e a professora Joseane Diehl já se “acostumaram” com o desabastecimento. Mas a paciência está esgotada.

“Todo dia, chega o fim da tarde e ficamos sem água. Ela não tem pressão para subir e não vai para as nossas caixas. Isso só acontece 2, 3 horas da manhã. Aí ficamos sem banho, sem conseguir lavar roupa. É triste chegar 22h e não ter como tomar um banho decente”, relata Joseane.

O problema se agrava porque o casal ganhou uma filha recentemente. “Um dia antes de ganhar o bebê, eu tive que tomar banho de balde para ir ao hospital. E para dar banho nela, tem que deixar água reservada durante o dia. Já nós temos que tomar banho de um minuto. Isso se conseguirmos”, comenta.

MAPA_03Boa qualidade

Feit ressalta que a água é de “boa qualidade”. “O problema é a falta de água. Sabemos que aumentou o número de moradores e é óbvio que o consumo aumenta no verão. O secretário admitiu que a água daqui vai também para o Distrito Industrial. E como é mais baixo do que aqui, sempre vai para lá primeiro. Não vai se resolver de um dia para o outro”, explica.

A situação é tão dramática que afeta até o cotidiano da família. “A gente fica até com medo de receber visita”, admite Joseane.

“Tive que tomar banho na vizinha”

Também moradora do bairro, a professora Daniela Froza Sosa, 40, conta que o marido trabalha em uma mecânica e não há água quando chega em casa. “Para tirar o grosso da sujeira precisamos de uns três baldes de água”, explica. “Esses dias tive que pedir para tomar banho na vizinha”, revela.

Daniela critica a demora para que seja encontrada uma solução para o problema recorrente. “Isso já acontece desde o ano passado. Mas só estão empurrando com a barriga. Tiveram todo o inverno para resolver e nada. Eu lembro que fiquei bem feliz quando apareceram as caixas novas do reservatório”, comenta.

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