Estiagem compromete mais da metade da produção de milho

Calor e pouca chuva

Estiagem compromete mais da metade da produção de milho

Regiões altas do Vale sofrem mais com a falta de chuva. Conforme a Emater, até 60% da lavoura de milho já foi comprometida. Próximos 15 dias serão de calor com precipitações abaixo da média, estimam meteorologistas

Por

Estiagem compromete mais da metade da produção de milho
(Foto: Filipe Faleiro)

Os prognósticos do tempo para os próximos dias aumentam o pessimismo sobre a produção primária da região. Pouca chuva e muito calor. Caso se confirme, é certeza de mais prejuízos para os agricultores.
Ontem a temperatura superou os 34°C na região. Houve algumas chuvas localizadas e disformes. Essa será a tendência às próximas duas semanas. A situação não é mais alarmante devido às precipitações no fim de dezembro e na virada do ano, diz o gerente regional adjunto da Emater, Carlos Augusto Lagemann.
Ainda assim, a chuva foi esparça. Em alguns locais não chegou a 5 milímetros (mm) e em outros se aproximou dos 50 mm. Essa irregularidade faz com que os prejuízos também sejam diferentes entre as localidades, inclusive nos mesmos municípios, diz Lagemann.
De acordo com ele, as condições das lavouras na região, em especial da cultura do milho, já estejam definidas. “A produção foi comprometida”, afirma. Conforme o gerente da Emater, o plantio feito em outubro e novembro virou silagem.
Já a safra de dezembro, com as plantas no início do desenvolvimento, há uma divisão. “Onde choveu está se desenvolvendo. Mas só saberemos as condições a partir das condições dos próximos dias”, informa Lagemann.
Pela estimativa preliminar da Emater, as perdas na produção primaria já superam 50%. O gerente da Emater realça que a equipe técnica trabalha para auxiliar os produtores quanto ao seguro rural, por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF).

Famílias sem água
A escassez de chuva também traz preocupação quanto ao abastecimento de água para famílias rurais. Em Progresso, por exemplo, o Executivo leva água para moradores das comunidades rurais.
Desde dezembro há registros de falta de água. Já são mais de 30 agricultores com pedidos para armazenamento, limpeza de açudes e distribuição de água. Dados da Emater mostram que as perdas em Progresso são na fumicultura, milho e na produção de leite.
Outra cidade com problemas de abastecimento é Westfália. A Associação de Água Picada Horst registrou falta de água na última semana de dezembro. Para garantir o consumo humano e também a produção de aves, suínos e leite, o governo começou a transportar água para os reservatórios.

Acompanhe
nossas
redes sociais