Concessões necessárias

Editorial

Concessões necessárias

É promissor o plano do governo do estado de conceder cerca de mil quilômetros de rodovias estaduais à iniciativa privada. Bandeira antiga de líderes empresariais da região, trechos importantes das estradas locais estão contemplados na estratégia do Piratini. Por meio…

É promissor o plano do governo do estado de conceder cerca de mil quilômetros de rodovias estaduais à iniciativa privada. Bandeira antiga de líderes empresariais da região, trechos importantes das estradas locais estão contemplados na estratégia do Piratini.
Por meio de uma parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Executivo acerta em abrir mão da gestão de estradas, até porque os recursos para fazê-lo são escassos em meio à histórica penúria financeira vivida pelo cofres públicos estaduais.
Dentre os 1.028 quilômetros de rodovias contemplados no contrato, estão os 760 quilômetros de trechos atualmente pedagiados e sob administração da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) e outros 268 quilômetros que foram concedidos à iniciativa privada entre o final da década de 1990 e o ano de 2013 ,e que hoje são do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer).
Do Vale do Taquari, são seis trechos, com extensão total de 220 quilômetros. Para uma região produtiva, que depende de melhores condições de infraestrutura logística, o anúncio da estratégia soa de modo muito positivo. Alvos frequentes de críticas e reclamações, EGR e Daer já não conseguem dar a resposta exigida pela comunidade regional.
A informação de que todos os trechos hoje sob gestão da EGR estão inclusos no pacote é passível de ser compreendido como uma preparação do terreno para a extinção da estatal. Já anunciado ainda durante o período de campanha do governador Eduardo Leite, o encerramento das atividades é iminente, após mais de seis anos de administração aquém das expectativas da população gaúcha.
Nesse contexto, a concessão consiste na melhor alternativa. Mediante contratos coerentes, seguros e transparentes, é possível garantir mais qualidade e segurança para um dos setores mais frágeis do estado. Que o movimento projetado pelo governo gaúcho consiga elevar a um novo patamar as condições de infraestrutura logística do RS.

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