Calçadas, iluminação pública e falta  de roçadas: as campeãs de reclamações no balanço da ouvidoria

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Calçadas, iluminação pública e falta de roçadas: as campeãs de reclamações no balanço da ouvidoria

Ao todo, governo recebeu mais de 2,8 mil queixas sobre problemas no município por meio da Ouvidoria em 2019. Nem todas as demandas competem ao Executivo solucionar

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Calçadas, iluminação pública e falta  de roçadas: as campeãs de reclamações no balanço da ouvidoria

O ano de 2019 chegou ao fim com 2.858 reclamações e denúncias da comunidade encaminhadas à Ouvidoria do governo de Lajeado. O balanço das principais queixas foi disponibilizado à reportagem e mostram que os problemas seguem os mesmos de seis meses atrás, quando foi divulgado o balanço semestral.

Calçadas irregulares e inexistentes (379) puxa a lista de reclamações da comunidade lajeadense, seguido pela iluminação pública (370), roçadas (227), recolhimento de lixo verde (144), bocas de lobo danificadas ou esgoto a céu aberto (144) e reclamações sobre sinaleiras, sinalização e estacionamento (109).

Maio foi o mês com mais reclamações, conforme o balanço: 322. Outubro e julho vem logo na sequência. Já o mês de dezembro registrou o menor número de queixas encaminhadas à Ouvidoria, com 167 denúncias.

Maior parte chega por telefone

De acordo com o coordenador da Ouvidoria de Lajeado, Gunther Mayer, a maior parte das reclamações chegam através do telefone, embora o setor tenha outros canais de contato, como o e-mail e o próprio site do município, que permite a queixa ser feita de maneira anônima.

MAPA_03“É muita coisa que chega para nós. As pessoas se acostumaram a ligar para cá e nós estamos acostumados a receber. Deixamos tudo prontinho, mastigadinho para o órgão responsável. Vem pouca coisa pela internet. Algumas eu recebo até no meu WhatsApp particular, inclusive fotos”, salienta.
Encaminhamento

Segundo Mayer, todas as reclamações que chegam até a Ouvidoria são protocoladas e encaminhadas ao setor responsável, que vai buscar a solução para o problema. O próprio setor faz, mês a mês, o controle das demandas que foram ou não solucionadas.

“Algumas coisas sabemos que não vai ser feito de uma hora para outra. Há pedidos que não dependem apenas do município e que não dá para resolver de imediato. Já uma troca de lâmpadas, por exemplo, é feita geralmente no mesmo dia. Ou uma boca de lobo que está sem tampa. São situações urgentes”, explica.

A quantidade de reclamações que chegam até a Ouvidoria é inversamente proporcional aos retornos que o setor recebe. “É muito raro. Se fez, está feito. Algumas pessoas nos ligam e agradecem quando algum problema é solucionado. Mas dá para dizer que é menos de 5%”, afirma Mayer.

Onde caminhar?

Percorrendo os bairros, não é difícil de encontrar calçadas danificadas. Ou até mesmo a inexistência delas, como é o caso da rua Padre Theodoro Amstad, no bairro Moinhos. A faxineira Eni de Souza, 42, costuma passar com frequência pelo trecho. Em locais onde há terrenos baldios, não há calçadas, fazendo com que ela caminhe quase no meio da rua.

“Em algumas quadras, tem de um lado e de outro não. E quando tem, as pessoas precisam tomar cuidado para não cair. É bastante complicado, pois aqui no bairro há muita gente idosa e cadeirantes, que tem dificuldades para caminhar”, comenta.

A situação das calçadas está relacionada diretamente ao código de posturas. Conforme previsto no documento, proprietários de terrenos são notificados e tem até 60 dias para providenciar o conserto do passeio público. Se não o fizer, será notificado novamente e, em caso de reincidência, será lavrado um auto de infração, com multa de cerca de R$ 400.

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