Acúmulo de lixo em terreno da prefeitura preocupa moradores

Risco à saúde pública

Acúmulo de lixo em terreno da prefeitura preocupa moradores

Terreno próximo à Secretaria de Obras acumula restos de móveis e aparelhos eletrônicos. Moradores reclamam da proliferação de ratos e baratas

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Acúmulo de lixo em terreno da prefeitura preocupa moradores
Lixo eletrônico, restos de móveis e pneus velhos compõem o cenário
Estrela
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

A vista da casa onde vive há nove anos, no Bairro das Indústrias, perturba Júlia Gonzatto. A casa onde mora fica em frente a um terreno do município que funciona como depósito de entulho.

“Quando você convida alguém para ir na sua casa e a pessoa pede um ponto de referência: um lixão na frente. É complicado”, lamenta.
De acordo com a moradora, a situação é motivo de reclamações da comunidade faz cerca de três anos. Os caminhões da prefeitura chegam no local e despejam os itens. No terreno, há algumas caçambas, para a separação dos materiais. No entanto, elas estão lotadas e cheias de entulho ao redor.

“Algumas pessoas de outros bairros trazem colchões e outras coisas e deixam ali”, diz. O local não tem portão e parte da cerca está derrubada.
Júlia atribui ao acúmulo de entulho a aparição de ratos e baratas na residência. No ultimo sábado, tomou um susto ao se deparar com um camundongo dentro de casa.

Ontem à tarde, a reportagem do A Hora esteve no local. Entre os itens localizados estava, televisores, restos de camas e sofás, pneus e até uma privada. Há ainda carcaças de caminhões, tratores e carros do município. O terreno fica na rua José Garcia dos Santos, junto a uma área verde.

“Visão feia para o bairro”
Nos nove anos em que mora no bairro das Indústrias, Gisele Oestrae viu o terreno se transformar. No início, era apenas uma área de terra vazia. Depois, foi utilizado como depósito para areia e brita.

Durante algum tempo, a informação era de que o local seria utilizado para guardar as máquinas da Secretaria de Obras. Uma cobertura foi construída. No entanto, o espaço se converteu em um “depósito de lixo”, nas palavras da moradora. “Fica uma visão feia para o bairro e acumula bichos, que às vezes vêm para cá.”

Melhor no depósito do que na calçada
De acordo com o secretário de Obras, Cristiano Nogueira, o material acumulado no local é dos últimos 35 dias. Ele afirma que no início do ano, a demanda é maior.

“Há muitos anos, temos esse local como depósito provisório de resíduos que não podem ser depositados diretamente ao aterro do município, como sofás, colchões, material eletrônico”, diz.

Nogueira afirma que os itens permanecem no local até que uma empresa terceirizada dê o destino correto, o que ocorre a cada dois meses.
O secretário afirma que o governo aceita que os cidadãos depositem objetos no local. “Melhor no depósito do que por 15 dias na calçada”, conclui.

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