Vence prazo para governo indicar área para canil

Exigência do MP

Vence prazo para governo indicar área para canil

Governo deve apontar um terreno para instalação de ONG de proteção animal

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Vence prazo para governo indicar área para canil
Associação Estrelense de Proteção aos Animais atua nos cuidados de cães e gatos abandonados
Estrela

Encerrou ontem o prazo dado pelo Ministério Público para que o governo municipal apresentasse um terreno para a mudança do canil da Associação Estrelense de Proteção aos Animais.

O governo sugeriu a área da Usina de Tratamento de Lixo, onde funciona o canil municipal, mas a proposta foi recusada pelo Ministério Público. No despacho, o promotor Daniel Cozza Bruno afirma que a resposta do governo levou quase seis meses para ser apresentada e não tem base em “nenhuma pesquisa séria e técnica por profissionais da área”. Para o MP, a área é “totalmente inadequada para abrigar um canil/gatil”.

Entre as razões apontadas pelo MP está a presença de mosquitos e moscas, em função da proximidade com a UTL. O despacho aponta ainda que a legislação estadual prevê, além de ambiente adequado, políticas de incentivo à adoção.

“Colocar a AEPA junto ao aterro sanitário e à UTL é contradizer tais princípios normativos e condenar a finalidade da organização ao insucesso”, diz trecho do texto.

Em janeiro de 2020, o MP abriu prazo de 15 dias para que o município apresentasse outras três ou quatro áreas com aval técnico, sob pena de judicialização do caso. O prazo encerrou ontem.

Inquérito aberto em 2018
Um inquérito foi aberto pelo Ministério Público em setembro de 2018 para avaliar a necessidade de mudança de local da entidade. O município deve determinar uma área para instalação de um novo canil para a entidade. A associação funciona em uma área no Parque das Figueiras, junto

Horto Florestal Municipal, na linha Santa Rita.
A mudança decorre da criação de uma Unidade de Conservação no local. A área tem 7,8 hectares, dos quais 5 foram reflorestados com mudas nativas.

No início do inquérito, o município já havia descumprido um prazo de 60 dias.

A presidente da Aepa não quis se manifestar. A reportagem não obteve uma posição oficial do governo.

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