Entre as lembranças da infância, há algumas especiais para Iasmin Wallauer, como observar a avó materna preparar doces. Quando havia algum jantar em casa, a menina logo propunha a sobremesa para enriquecer o cardápio.
Por brincadeira, começou a se dedicar à confeitaria. As festas em família e os encontros com os amigos ficavam ainda mais especiais com suas receitas. Conforme o talento foi aprimorado, a família, as amigas e o namorado começaram a incentivar Iasmin a vender seus bolos. “Depois de tanto insistirem, tornaram-se meus primeiros clientes”, lembra.
O cardápio não é fixo e varia de acordo com o solicitado. “Mesmo que nunca tenha feito, descubro como fazer para atender as necessidades da pessoa”, explica. Além dos bolos, ela também se dedica à panificação. As produções são feitas sob encomenda e durante as horas vagas do trabalho como publicitária. “Depende bastante do tipo de bolo, os ingrediente e o processo, mas em geral, levo uma média de duas noites para produzi-lo”.
Por muito tempo a cozinha foi apenas um lugar para aliviar o estresse, mas hoje se tornou um espaço de descobertas. “Conhecer novos aromas, sabores e possibilidades, poder explorar o potencial de cada ingrediente, é delicioso. Me traz muita felicidade”.
Muitos doces, muitas histórias
Quem vê as verdadeiras obras de arte feitas por Iasmin mal imagina as histórias por trás delas. “O improviso é constante, como por exemplo, quando o recheio não deu o ponto certo e acabou ficando muito mole, então tive que inventar na hora da montagem, ou quando tentei fazer trufas com doce de leite e no fim virou tudo uma coisa só”.
Conhecer novos aromas, sabores e possibilidades, poder explorar o potencial de cada ingrediente, é delicioso. Me traz muita felicidade”.
Iasmin recorda também do dia em que se arriscou a fazer ovos de Páscoa, porém o processo de temperagem não saiu da forma correta e os ovos se desmancharam facilmente. “Sorte que era só pra minha família”, brinca.
Entre as obras que mais mais complexas estão algumas pelas quais mais tem carinho, como o bolo de casamento de uma amiga. “Foi difícil pois era uma grande responsabilidade e porque nunca tinha feito um bolo com andares antes”. O bolo unicórnio também foi trabalhoso “Levou muito buttercream (creme de manteiga), onde eu tive que cuidar para fazer os detalhes com todas as cores”. Além deles, outras sobremesas que deixaram a doceira muito orgulhosa foram o bolo naked cake e uma fraisier de morango adaptada, recorda.
Além dos livros, Iasmin busca conhecimento em perfis na internet. “Pesquiso de acordo com a receita ou técnica que quero aprender”.