Vigias reagem a discurso de vereador sobre supostas faltas ao trabalho

Escalas de trabalho

Vigias reagem a discurso de vereador sobre supostas faltas ao trabalho

Em carta, funcionários solicitam que Volnei Zancanaro apresente provas que sustentem afirmação sobre não cumprimento de horários

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Vigias reagem a discurso de vereador sobre supostas faltas ao trabalho
Zancanaro disse ter vídeos e fotos sobre descumprimento de escalas
Estrela
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Na sessão da câmara dessa segunda-feira, 10, o vereador Volnei Zancanaro (PL) relatou que, há quatro meses, solicitou informações sobre a folha ponto, atas e escalas de trabalho dos vigilantes municipais para averiguar supostas irregularidades. Em repúdio, os vigias redigiram uma carta aberta sobre suas condições de trabalho.

Zancanaro alega ter vídeos e fotos que comprovariam que alguns vigilantes não estariam nos locais devidos. “A solicitação é para verificar se a folha ponto foi assinada para que eles devolvam o dinheiro ao município, já que não estavam no local”, explanou durante a fala na tribuna. O parlamentar disse que apresentará as provas após ter sua solicitação atendida.

Conforme um funcionário que prefere não se identificar, a acusação do vereador não tem fundamento, já que a maioria dos prédios onde os vigias trabalham são fechados.

Ele defende, junto a colegas, que as condições de trabalho deveriam ser melhores. “Nos cobram como se fôssemos guardas municipais, com armamento.”

Repúdio às acusações
A carta escrita pelos vigilantes municipais será protocolada na câmara na próxima segunda-feira. Na data, os vigilantes pretendem organizar um protesto durante a sessão para cobrar respostas de Zancanaro.

No documento, os vigilantes convidam o vereador para acompanhar a rotina e condições de trabalho deles. Além de relatar situações como o caso de um vigia que teria sido sequestrado, espancado e deixado na cidade de Canoas. Na ocasião, o homem foi resgatado pela Defesa Civil de Estrela.

Outra circunstância exposta na carta é a atuação de um vigilante quando houve a invasão de um usuário drogas à Escola Municipal Arco-Íris. O indivíduo teria forçado as portas das salas onde estavam as crianças. O vigia teria agido para defender os servidores e alunos.

No final do texto, os servidores apoiam o direito do legislador em fiscalizar a atuação de funcionários, porém manifestam que o mesmo não deveria expor a classe da categoria com as acusações.

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