Ambulantes na mira

Editorial

Ambulantes na mira

A administração municipal de Lajeado fechou o cerco contra a presença de vendedores ambulantes irregulares no centro da cidade

Ambulantes na mira
Vale do Taquari
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

A administração municipal de Lajeado fechou o cerco contra a presença de vendedores ambulantes irregulares no centro da cidade. Após meses de orientações, debates e tentativas de cadastramento, os agentes da fiscalização passaram a atuar de forma mais enérgica nos últimos dias.

Nesse sábado, em ação do Pacto Pela Paz, fiscais das secretarias de Planejamento, Segurança Pública, Departamento de Trânsito, Brigada Militar e cartório da delegacia apreenderam mercadorias e conferiram se os vendedores estão cumprindo com a legislação e se atendem as regras estabelecidas.

Importante frisar que o aumento do rigor não ocorre de forma abrupta e nem surpreende os comerciantes de rua. A postura mais incisiva dos órgãos de fiscalização ocorre após um longo processo preparatório, em que se buscaram alternativas junto aos próprios ambulantes para tentar contemplar os interesses e necessidades de todas as partes envolvidas.

As reclamações do comércio formal quanto à presença de ambulantes é recorrente. No ano passado, as principais entidades comerciais do município unificaram esforços para pressionar o Executivo por medidas mais eficientes.

Intensificar a fiscalização é fundamental para inibir as irregularidades que geram prejuízos econômicos e sociais. No entanto, urge uma campanha massiva para conscientizar a população acerca das consequências decorrentes de comprar produtos de procedência duvidosa.

É preciso sensibilizar o consumidor sobre os prejuízos ocasionados pela atuação dos clandestinos. Comprar produtos sem origem legal vai contra a cidadania, contra o acordo social. Além disso, em alguns casos, pode alimentar a falcatrua, a ilegalidade e até o crime organizado.

Ao mesmo tempo em que a fiscalização e a conscientização são necessárias, o poder público deve ajudar na oferta de alternativas para as pessoas, muitas vezes estrangeiros ou desempregados, que encontram na informalidade uma forma de garantir o sustento.

Economizar em um óculos, além de ser um risco à própria saúde, por exemplo, também pode representar o fortalecimento de quadrilhas e organizações criminosas. Ter uma sociedade melhor perpassa a defesa ferrenha da legalidade, da ética e da honestidade.

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