“O grupo deve estar unido, como uma família”

Abre Aspas

“O grupo deve estar unido, como uma família”

Em 2020, a Banda Barbarella completa 50 anos de estrada. Entre muitos integrantes que passaram pelo conjunto surgido em Arroio do Meio, permanece até hoje o instrumentista Ivo Spohr, 69, fundador de um dos grupos mais longevos do estado e que arrasta multidões de fãs por onde passa.

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“O grupo deve estar unido, como uma família”
Vale do Taquari

• Quando foram os seus primeiros passos na música?

Foi em 1968. Eu tocava com os meus tios na região. Nós tínhamos a bandinha Vida Alegre, que era voltada mais para a terceira idade e para casamentos. Só tocávamos música orquestrada. Foi na virada de 1969 para 1970 que mudamos. Dos quatro irmãos, dois ficaram com a bandinha e eu e o Auri começamos com a Barbarella.

• Por que a banda se chama “Barbarella”?

Na época, tinha um filme cuja personagem principal se chamava “Barbarella”. E uma banda gravou uma música com esse mesmo nome. Naquela época, nós havíamos decidido fazer música cantada também, voltada para o público jovem. E sempre abríamos nossos bailes com essa música, inclusive no nosso primeiro baile, no Salão Paroquial Evangélico, em São Caetano (Arroio do Meio). O próprio público pedia para nós tocarmos essa. Aí pegou e decidimos escolher esse nome.

• Quantos shows a Barbarella já fez até hoje?

Mais de 9 mil. Em média, estamos fazendo 18 shows por mês. Atualmente, estamos nos apresentando nos três estados do sul, mas já tocamos três vezes no Paraguai. Recentemente, estivemos em Chapecó (SC) e Cascavel (PR). Esses dias, nos pediram para cantar na Feira Expolucas, em Lucas do Rio Verde (MT), porque tem uma música nossa tocando muito por lá.

• E o repertório, se mantém variado?

Nosso show tem em torno de 15 músicas autorais. O resto preenchemos com covers de bandas como Queen, Guns’n Roses, Bon Jovi… Abrimos sempre o show com “Só uma Canção”, que é a nossa mais tocada atualmente. A segunda é “Sedução”. Temos também a mais recente, que é “Faça Alguém Feliz”. São músicas que caíram no gosto do público e o povo canta junto.

• Como se manter na ativa mesmo após inúmeras transformações no mercado da música?

São várias coisas que devem funcionar, como a parte empresarial, que fecha os contratos. E o grupo tem que estar unido, como uma família. E, claro, tem que ser persistente. Até tu conseguir um nome, ter seguidores que acompanham a banda e pagam ingresso, leva tempo. Se a banda não agrada, tu gasta teu dinheirinho a toa e bota fora. Agora, se a banda é boa, o público vai gostando e chama a atenção.

• Alguma história curiosa desses 50 anos da Barbarella?

São muitas histórias que os fãs nos contam. De Alegrete, ligou uma mulher para fechar contrato conosco e ela disse que arrumou um namorado numa noite em que cantamos lá. Casaram e estão juntos até hoje. É muito comum isso, as pessoas dizem: “graças às músicas de vocês, conheci o meu namorado, a minha namorada, e até hoje estamos juntos”.

• A Barbarella seguirá na ativa nos próximos anos?

Sem dúvidas, nossa ideia é essa. Em time que está ganhando, não se mexe. Estamos ainda em fevereiro, mas já fechamos contrato para todos os sábados do ano. Continuamos na estrada.

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