Deflagrada ontem, a Operação Pax representa uma resposta rápida das forças de segurança do Vale do Taquari após a série de homicídios que assustou a comunidade regional nas últimas semanas. Conforme as autoridades policiais, já foram presas cinco pessoas e 70% dos casos elucidados.
Liderada pela Polícia Civil e Brigada Militar, a ação contou com o auxílio de outros órgãos de segurança pública, articulados pelo projeto Pacto Pela Paz. Importante destacar a participação da Secretaria de Segurança de Lajeado. Mesmo que a competência da área seja do Estado e da União, a pasta municipal colabora de forma relevante no enfrentamento à criminalidade.
No alvo das buscas, apreensões e prisões, estiveram pessoas suspeitas de envolvimentos nas 12 ocorrências, entre homicídios consumados e tentados, nos últimos três meses. Como pano de fundo de todos os casos, o tráfico de entorpecentes e a disputa entre facções rivais.
A operação de ontem resultou na prisão de um homem, apreensão de três veículos, dinheiro, balanças de precisão, itens para acondicionar drogas e documentos.
Vale ressaltar o bom índice de resolução por parte da Polícia Civil aos crimes cometidos em Lajeado desde dezembro. Em coletiva de imprensa, o delegado de Lajeado sustentou que todos os homicídios de janeiro foram elucidados, e a maior parte de dezembro também.
O escopo da ofensiva é certeiro: desmantelar a hierarquia das organizações criminosas. Ou seja, muito além de identificar o responsável pelo crime na ponta, o autor dos disparos ou o motorista da ação, o foco é chegar aos líderes, mandantes, mentores das ações criminosas.
Mais uma vez, o uso da inteligência policia se mostra fundamental para conter o avanço da violência. Em tempos de limitações orçamentárias e escassez de servidores, fazer mais com menos é o desafio central. Diante da ousadia e alto poderio bélico dos bandidos, as estratégias devem ser orientadas pela astúcia, cooperação e integração entre as forças de segurança.
